Campanhas

Solidariedade ao Brasil: apoie os movimentos na linha de frente contra a COVID-19

Neste momento tão crítico para o Brasil, a esperança vive nos movimentos sociais na linha de frente no combate à pandemia. Esta campanha foi criada justamente para pessoas no exterior contribuírem com a luta dos movimentos indígena, quilombola, de comunidades tradicionais e das periferias que resistem bravamente há séculos e que nos inspiram a continuar lutando.

A pandemia trouxe à tona a face mais perversa e genocida do Bolsonaro. Não nos calaremos enquanto o governo destrói direitos sociais e ambientais, serviços básicos, a dignidade da população, a democracia. E fundamentalmente, as vidas.

Convocamos pessoas de todo o mundo, de todas as nacionalidades, línguas e culturas, a se unirem a esta rede de solidariedade. Contribua com qualquer valor. Compartilhe!

Para onde vai o dinheiro?

Todo o dinheiro arrecadados (menos as taxas) serão repassados a organizações de base que atendem comunidades impactadas pela COVID-19:

• APIB – Articulação de Povos Indígenas do Brasil,

 CONAQ – Coordenação Nacional de Comunidades Negras Rurais Quilombolas

• Rede de Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil

• Movimentos Urbanos: 1) Sociedade do Bem Viver, 2) Uneafro, 3) MTST e 4) Periferia Viva.

Quanto vale uma doação de $30 em cada moeda (cotação estimada): CAD$ 30 = R$ 118, EURO$ 30 = R$ 181, USD$ 30 = R$ 160.

Quem somos:

Nós somos coletivos de brasileiros e brasileiras no exterior atuando pela democracia, justiça e direitos sociais. Coletivos organizadores: Coletivo Brasil-Montréal (Canadá), Coletivo Brasil-Québec (Canadá), FIBRA (Frente Internacional de Brasileiros Contra o Golpe), Coletivo por um Brasil Democrático LA (EUA), Resiste Toronto (Canadá), Coletivo Taoca (Zurique – Suíça), Coletivo GRITO (Genebra – Suíça).

Os recursos serão recebidos pelo Comitê para os direitos humanos na América Latina (CDHAL), uma organização de solidariedade internacional com sede no Canadá.

Doações só são dedutíveis do imposto de renda no Canadá.

Apoio à luta das comunidades quilombolas do Maranhão

O IBGE estima que no Brasil existiam 5.972 localidades quilombolas em 2019, porém a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas aponta para mais de 6330 quilombos.

Somente no Estado do Maranhão, há 682 delas e 411 processos abertos para regularização fundiária de quilombos no INCRA, a maior demanda do país nesse tema.

Em pleno contexto da pandemia do novo coronavírus, comunidades quilombolas do Maranhão continuam sendo afetados por conflitos de terra e desapropriação.

A obra de duplicação da BR 135 no Maranhão, que atinge os municípios de Miranda do Norte, Anajatuba, Santa Rita e Itapecuru Mirim, coloca em risco cerca de 100 comunidades quilombolas, onde vivem aproximadamente 10 mil pessoas.

As comunidades atingidas exigem que seja realizada a Consulta Prévia, Livre e Informada nos termos da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Uma obra como esta em plena pandemia do COVID-19 pode dizimar a população quilombola no
Estado.

Nós decidimos juntar nossas vozes a essa luta…

Participantes:

● Andréia de Jesus – Deputada Estadual de Minas Gerais, Brasil

● Antônio Ribeiro – Maranhão, Brasil

● Celso Canedo – Bahia, Brasil

● Cláudia Queiroz – Bahia, Brasil

● Dje Macedo Quiroga – República Dominicana

● Gecy Marty – Comitê Internacional pela Democracia no Brasil – Zurique, Suíça

● Giorgia Prates – Fotógrafa, fotojornalista para o jornal Brasil de Fato – Paraná, Brasil

● Inês Oludé – Coletivo Lula Livre – Bruxelas, Bélgica

● Isadora Gomes de Carvalho Matos – Bahia, Brasil

● Juliana Barbosa de Jesus – Bahia, Brasil

● Maíra Moreira – Coletivo GRITO – Genebra, Suíça

● Márcio Jerônimo – Coletivo Taoca – Zurique, Suíça

● Maurício Paixão – Pesquisador do Centro de Cultura Negra do Maranhão – Brasil

● Maurício Tizumba – Instrumentista, cantor e compositor – Minas Gerais, Brasil

● Mônica Francisco – Deputada Estadual do Rio de Janeiro, Brasil

● Lala Ferreira – Mulheres da Resistência no Exterior – MRE (Tampa, Flórida, EUA)

● Ludimilla Teixeira – Mulheres Unidas com o Brasil (MUCB) – Bahia, Brasil

● Renata Linhares – Membra do Centro de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) do IFCE – Ceará, Brasil

● Sérgio Pererê – Cantor e compositor – Minas Gerais, Brasil

● Uriara Maciel – Coletivo Internacional Madalena Anastácia e Gira Festival (Berlim,
Alemanha)

Uma iniciativa dos coletivos:
@coletivogrito.ch e @coletivotaoca

Em parceria com:
Comitê Quilombola de Santa Rita, o movimento Consulta Prévia Quilombola de Miranda do
Norte e Itapecuru Mirim e a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras
Rurais Quilombolas (@conaquilombos).

Música:
Maurício Tizumba (@mauricio_tizumba) e Sérgio Pererê (@sergio_perere)

Imagens:
Clipe de Sérgio Pererê, Leandro Miranda e Paulo Bernardo

Edição e montagem:
Thais Aguiar Zeller – Gaumen Filmes (@gaumenfilmes)

Com legendas em inglês, francês e alemão.